Funcionário da saúde na fontanária

REPORT.PHOTOS: Leonel Albuquerque

A falta ou escassez de água em domicílios pode parecer um problema pequeno, mas, quando se trata de um hospital ou centro de saúde pode desencadear um atentado a saúde pública. Serepuna Sualehe é um exemplo daqueles profissionais que impede que isso aconteça. Cabe a ele assegurar a limpeza das instalações do Centro de Saúde. Sualehe contou que outrora, antes do projecto de Promocão a Saúde da Agência Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação (SDC) apoiar a unidade sanitária onde ele trabalha, tinha de enfileirar-se em fontanárias, habitualmente nas primeiras horas da manhã, para levar água ao centro de saúde e, só depois, realizar os trabalhos de limpeza. O trabalho era exaustivo.

«Antes de abraçarmos o projecto, nós armazenávamos água que servia ao centro por 3 a 4 meses e, quando acabava, recorríamos a água das chuvas, a partir de Setembro. Quando nem a chuva caia, eu ia cartar água na aldeia, que dista 5 quilómetros do Centro. Há vezes que recorria a água da minha casa, 30 litros por dia, para fazer trabalhos de limpeza no centro de Saúde. Estas deslocações implicavam muito tempo, geralmente uma hora dedicada só para actividades de captação de água para a unidade sanitária, e feito isso, arrancava com os trabalhos de limpeza»

Serepuna Sualehe -Agente de Serviço do Centro de Saúde de Intapata.

Serepuna Sualehe